Sinttel MG

COMO A VENDA DE PARTES DA OI PODE AFETAR A SUA VIDA?

A Diretoria do SINTTEL-MG alerta aos trabalhadores da OI, aos terceirizados (empregados da Serede e Telemont) e aos aposentados participantes da Fundação Atlântico, que todos podem ter suas vidas profundamente prejudicadas pela venda de partes da Empresa Oi.

Pela proposta, a Oi pode ser esquartejada (cortada em pedaços) em quatro partes, após 3 anos de recuperação judicial, e vendida as partes de maior

valor (o “filet mignon” como a telefonia móvel e a nova rede de fibra óptica) no mercado, as partes menos nobres (“carne de pescoço”, como rede metálica e estrutura sucateada) ficarão para garantir empregos, aposentadorias e pagamento das dívidas com a Anatel e Bancos Públicos.

E tudo isto pode ser decidido agora, nos primeiros dias de setembro, na Assembleia dos Credores da Oi. A proposta e os novos rumos da Oi poderá ser submetida aos interesses dos credores (para quem a OI deve valores, grandes bancos, investidores, Governo Federal e até mesmo trabalhadores que tenham ajuizado ações contra a Oi).

É PROBLEMA DE TODOS, SIM!

Este negócio, conforme for encaminhado, pode acabar com a OI, SEREDE, TELEMONT em poucos meses, e junto, acaba o seu emprego, seu salário, sua locação de carro, sua produção, seu tíquete, seu plano de saúde ou até com parte de sua aposentadoria, para quem contribuiu mensalmente para a Fundação Atlântico. Portanto, você não pode dizer “ISTO NÃO É PROBLEMA MEU, NÃO ME AFETA!” O PROBLEMA É DE TODOS, SIM!

PLANO DE LUTAS EM DEFESA DOS EMPREGOS E DOS DIREITOS

  • O SINTTEL-MG, JUNTO COM A FITRATELP E DEMAIS SINDICATOS ESTADUAIS DAS OUTRAS FEDERAÇÕES DE TRABALHADORES DO SETOR, ESTABELECEU UM PLANO DE LUTAS NACIONAL COM AS SEGUINTES AÇÕES: 
  • Reunir todos os sindicatos estaduais e suas respectivas Federações de Trabalhadores Telefônicos, nos Estados onde a Oi opera, para realizar este plano nacional de lutas unificado; 
  • Reunir com o Presidente da Oi, para garantir que não haverá prejuízo em nível de emprego e remuneração na Oi e suas terceirizadas (SEREDE, TELEMONT, entre outras) e o pagamento das aposentadorias da Fundação Atlântico; Buscar garantir a participação das Federações/Sindicatos dos Empregados na Assembleia dos Credores da Oi, que vai definir como será concluído o negócio e que compromissos serão cumpridos; 
  • Reunir com o novo Ministro das Comunicações para denunciar que esse negócio de venda de partes da Oi, pode gerar prejuízo na qualidade de atendimento à sociedade, não pagamento de dívida com a ANATEL e milhares de desempregados, em plena crise da COVID-19; 
  • Mobilizar os trabalhadores da Oi, SEREDE e TELEMONT, para exigir garantia de emprego, nível de remuneração; compromissos da Fundação Atlântico de honrar a dívida  e assegurar a continuidade do pagamento das aposentadorias; 
  • Buscar, junto ao Judiciário e autoridades competentes, a garantia dos direitos da categoria neste negócio de venda da Oi.

RELATO DA REUNIÃO DO DIA 05/08 ENTRE AS FEDERAÇÕES/SINDICATOS DOS TRABALHADORES DO SETOR E O PRESIDENTE DA OI:

Os Sindicatos e as Federações dos Empregados do Setor, participaram da reunião com o atual Presidente da OI. O objetivo foi buscar garantias por parte a empresa, que os trabalhadores, tanto da Oi como de suas terceirizadas, não serão prejudicados, de que não haverá rebaixamento de salários e que o pagamento das aposentadorias será garantido. 

Ficou claro que nesta negociação, os trabalhadores (da ativa e aposentados) não têm qualquer garantia. Os donos da Oi serão outros e farão como desejarem. A Oi, SEREDE E TELEMONT também não têm sua continuidade garantida, nem em relação a contratos e respectivos Acordos Coletivos de Trabalho firmados com os Sindicatos já que, para os novos donos, isto não tem muita importância. 

A Empresa declarou para os trabalhadores, que os Sindicatos não devem participar dessa nova assembleia dos Credores, ao contrário do que aconteceu em 2017. No final da reunião, o Presidente do SINTTEL-RS entregou uma Notificação Extrajudicial para a Oi, como forma de buscar garantir os direitos dos participantes da Fundação Atlântico, da qual a Oi é a patrocinadora responsável.

RELATO DA REUNIÃO QUE ACONTECEU ENTRE FEDERAÇÕES/SINDICATOS DOS TRABALHADORES DO SETOR E O MINISTRO DAS COMUNICAÇÕES, EM 11 DE AGOSTO:

Representantes das Federações dos Trabalhadores do Setor de Telecomunicações também estiveram reunidos, dia 11 de agosto, com o novo Ministro de Comunicações, Fábio Faria, genro de Silvio Santos, dono do SBT, que assumiu há poucos meses o Ministério responsável pelos Serviços de Telecomunicações no Brasil, incluindo a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). O encontro foi por videoconferência. 

Nesta reunião alertamos o Ministro dos possíveis impactos que a venda da Oi pode provocar na queda de qualidade dos serviços de telecomunicações, principalmente nas localidades mais interiorizadas do Brasil e no nível de empregabilidade no setor. 

Hoje a Oi emprega mais de 100 mil trabalhadores, entre diretos e terceirizados das suas principais contratadas (SEREDE e TELEMONT). Um negócio que não preserve estes postos de trabalho, irá agravar ainda mais o desemprego no Brasil, impactando no acesso de parte da população mais pobre aos serviços de banda larga para minimizar o efeito do isolamento social da COVID-19, com prejuízo ao acesso ao ensino à distância, home-office, comércio eletrônico, etc. 

As Federações enviarão um documento detalhando os efeitos que a venda fracionada acarretará ao Setor de Telecomunicações, em caso de “negócio mal feito” pela Oi, e seus impactos na queda de qualidade do serviço destinado aos segmentos menos favorecidos da sociedade, bem como contribuir significativamente para o aumento do desemprego no Brasil. 

TEMOS QUE LUTAR PARA QUE A OI NÃO SEJA DESTRUÍDA E ASSIM GARANTIR A CONSERVAÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO! UNIDOS SOMOS MAIS FORTES!