No último dia 03 de julho dezenas de milhares de brasileiros ocuparam as ruas pedindo o impeachment do Presidente da República Jair Bolsonaro. Recordista de pedidos de impedimento, Bolsonaro e sua gestão criminosa na pandemia “respiram” graças à relação inescrupulosa com o “Centrão” no Congresso Nacional. Porém, o cerco vai se fechando a cada dia e as manifestações populares vão ganhando cada vez mais adeptos.
As atitudes criminosas de Bolsonaro são tão flagrantes que no dia 30/06 foi protocolado no Câmara dos Deputados um “superpedido” de impeachment, assinado por deputados federais de diferentes vertentes políticas. O texto reúne os principais delitos cometidos pelo Presidente da República que conta com mais de 100 representações pedindo seu impedimento.
SINTTEL-MG participa das manifestações pró-impeachment em Minas Gerais (03/07/2021)
A direção do Sinttel-MG tem participado ativamente nas manifestações pelo impeachment de Bolsonaro, pois a sua permanência no poder significa o aumento do número de mortos no país. A CPI da Covid em curso no Senado, criada para apurar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia, escancarou a política de morte implantada pelo governo Bolsonaro. É um absurdo que o presidente (diretamente), bem como o Ministério da Saúde, tenham ignorado centenas de e-mails da Pfizer com ofertas de vacinas, tenha promovido boicote à Coronavac, pedido de propina e superfaturamento na compra da Covaxin, pedido de propina de 1 dólar por cada vacina comercializada pela Davati Medical, etc. A cada dia que passa vemos novas denúncias de irregularidades na compra de vacinas, o que apenas comprova o que todos já desconfiavam, que além de ser negacionista, este (des)governo criminoso quer fazer da pandemia uma fonte de lucro, literalmente lucrar com a morte dos brasileiros. Milhares de famílias estão perdendo seus entes queridos por culpa do presidente. O Sindicato teme pela vida de cada trabalhador de Telecom, serviço essencial, e sabe que apenas a vacinação pode proteger os trabalhadores e seus familiares. Convocamos a todos os trabalhadores a participarem das manifestações pelo impeachment, pois a luta é pela vida de cada um de nós!
As principais acusações contra Bolsonaro são:
- Crime contra a existência política da União – fomento ao conflito com outras nações;
- Hostilidade contra nação estrangeira – declarações xenofóbicas a médicos de Cuba;
- Crime contra o livre exercício dos Poderes – ameaças ao Congresso e STF, e interferência na PF;
- Tentar dissolver ou impedir o funcionamento do Congresso – declarações do presidente e participação em manifestações antidemocráticas;
- Ameaça contra algum representante da nação para coagi-lo – disse de que teria que “sair na porrada” com senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), membro da CPI da Covid;
- Opor-se ao livre exercício do Poder Judiciário – interferência na PF;
- Ameaça para constranger juiz – ataques ao Supremo;
- Crime contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais – omissões e erros no combate à pandemia;
- Usar autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder – trocas nas Forças Armadas e interferência na PF;
- Subverter ou tentar subverter a ordem política e social – ameaça a instituições;
- Incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina – ir a manifestação a favor da intervenção militar;
- Provocar animosidade nas classes armadas – aliados incitaram motim no caso do policial morto por outros policiais em Salvador;
- Violar direitos sociais assegurados na Constituição – omissões e erros no combate à pandemia;
- Crime contra a segurança interna do país – omissões e erros no combate à pandemia;
- Decretar o estado de sítio não havendo comoção interna grave – comparou as medidas de governadores com um estado de sítio;
- Permitir a infração de lei federal de ordem pública – promover revolta contra o isolamento social na pandemia;
- Crime contra a probidade na administração – gestão da pandemia e ataques ao processo eleitoral;
- Expedir ordens de forma contrária à Constituição – trocas nas Forças Armadas;
- Proceder de modo incompatível com o decoro do cargo – mentiras para obter vantagem política;
- Negligenciar a conservação do patrimônio nacional – gestão financeira na pandemia e atrasos no atendimento das demandas dos estados e municípios na crise de saúde;
- Crime contra o cumprimento das decisões judiciais – não criar um plano de proteção a indígenas na pandemia.
Fonte: Congresso em Foco
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