A data de hoje, 25 de janeiro, marca o segundo ano do rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho, que deixou 270 mortos, além de 11 corpos que continuam perdidos no meio de tanta lama despejada pela barragem da Vale. Mesmo dois anos após a tragédia, os familiares das vítimas ainda clamam por justiça e por mais agilidade no processo criminal para que os responsáveis sejam penalizados.
O SINTTEL-MG manifesta solidariedade a todas as famílias que perderam entes queridos neste episódio que marca uma das maiores tragédias humanitárias. O que ocorreu em Mariana não serviu de lição e várias pessoas perderam a vida enquanto trabalhavam em Brumadinho. Quantos trabalhadores e moradores, que moram próximos a barragens, estão correndo riscos de rompimentos neste exato momento?
Cabe ao poder público criar condições para que os crimes não se repitam, uma vez que em Minas Gerais há uma parcela considerável da população que vive sob o risco de novos rompimentos, como é o caso dos municípios de Ouro Preto, Itabira e Congonhas. Leis mais duras para que as mineradoras cumpram todos os requisitos para que a atividade extrativista não afete a natureza e respeite a vida humana. Clamamos por celeridade nos processos de pagamentos das indenizações e de uma punição justa para os responsáveis pelas inúmeras vidas ceifadas, natureza destruída e sonhos levados pela lama. Que o Estado atue no sentido de fiscalizar a extração de um dos bens mais preciosos dos mineiros.