Depois das importantes campanhas de conscientização, tanto o outubro rosa, quanto o novembro azul, que tiveram o objetivo de informar a população acerca do câncer de mama e próstata, respectivamente, agora, chegou a vez do dezembro vermelho com o propósito de alertar a população sobre os impactos causados pela AIDS, bem como outras doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, despertar nas pessoas consciência sobre a necessidade de prevenção.
Os dados disponibilizados são preocupantes e confirmam a necessidade de enfrentamento por meio da campanha Dezembro Vermelho. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui 920 mil pessoas portadoras do vírus HIV. Dessas pessoas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmite o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável.
Além do HIV, veja as principais doenças que podem ser contraídas caso medidas preventivas não sejam observadas:
– Herpes genital;
– Cancro mole (cancroide);
– HPV;
– Doença Inflamatória Pélvica (DIP);
– Donovanose;
– Gonorreia e infecção por Clamídia;
– Linfogranuloma venéreo (LGV);
– Sífilis;
– Infecção pelo HTLV;
– Tricomoníase.
O SINTTEL-MG coloca sua pasta da Saúde à disposição para sanar qualquer dúvida que os trabalhadores tenham sobre o tema, orientamos também que é essencial manter relação sexual sempre utilizando camisinha, com isso o risco de contrair alguma doença sexualmente transmissível, entre elas a AIDS, é drasticamente reduzido. Prevenção em primeiro lugar!
Fonte: Ministério da Saúde
Negligência com os portadores da doença
No mês de novembro, em uma demonstração de total falta de planejamento, o Governo Federal não se precaveu e deixou vencer o contrato da empresa que realizava exames de genotipagem no Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento é vital para a definição do melhor tratamento para pessoas que são portadoras do vírus HIV, assim como hepatites virais. O contrato com a antiga empresa venceu mês passado, criando um limbo até que um novo processo de licitação seja feito e os trâmites burocráticos sejam finalizados. Não causa espanto mais uma atitude desumana e genocida do atual governo, uma vez que esses exames são essenciais para que vidas sejam preservadas com o devido tratamento empregado.
Já em 2019, o Governo Federal rebaixou o Departamento de IST, AIDS e Hepatites Virais para um setor mais amplo chamado Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, esse ato significa, na prática, um desmonte e perda de autonomia na execução de programas de combate ao HIV. Em um outro momento, Bolsonaro afirmou que que a pessoa com HIV é “despesa para todos no Brasil”, causando revolta em ativistas, profissionais de saúde, médicos, pesquisadores e especialistas, que consideraram a fala um retrocesso de 30 anos, que remete ao preconceito vivido nos anos 1980. Mais um descalabro cometido pelo atual presidente que mostra sua total incapacidade de ocupar a presidência da república, que não consegue mostrar um mínimo de empatia com o povo brasileiro que já sofre com uma das maiores crises sanitárias da história do país, ainda assim precisa conviver com atitudes desumanas como essa.
Informações: CUT e Correio Braziliense